PLANO DE AÇÃO 3

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Plano de Ação 3 - TECNOLOGIAS PARA APRIMORAMENTO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE PASSIFLORAS SILVESTRES.
Início: Dezembro de 2012
Duração: 36 meses
Pesquisador responsável: Ana Maria Costa – CPAC

Descrição:
     Na Etapa I da Passitec, realizou-se o ajuste do sistema de produção da P. setacea, P. tenuifila, P. alata e P. nitida com base nas recomendações do maracujazeiro comercial. Durante o período, verificou-se que cada espécie apresentou um comportamento diferenciado em relação à recomendação adotada, o que exigiu ajustes específicos ao longo dos estudos e indicou a necessidade de pesquisas mais aprofundados para se obter melhor produtividade nas diferentes regiões do país. Em relação a P. nitida a rede Passitec repassou as informações obtidas para a rede de melhoramento do maracujazeiro para que o germoplasma pudesse ser aprimorado, visto a dificuldade de obtenção de sementes para a produção de mudas.
Muito embora tenha havido considerável progresso nos sistemas adotados para a produção de mudas e manejo das plantas no campo, ainda são necessários novos estudos visando aprimorar as práticas culturais e aperfeiçoar o uso de insumos, em especial água, substrato e nutrientes, principalmente com foco nas áreas onde se observou baixa produtividade. Portanto, no PA3 são propostos estudos relacionados ao melhoramento do ambiente do cultivo das Passifloras silvestres, que englobam: a propagação e produção de mudas; o espaçamento vs. Épocas plantio vs. Formas de condução; e o manejo cultural com foco na água, nutrição e fitossanidade.

Objetivo:
     Gerar informações técnicas para o cultivo de Passifloras não comerciais com vistas melhoria de produtividade nas diferentes regiões do país.

Atividades:
1. Avaliação de indutores vegetativos na germinação de passifloras silvestres – Ana Maria Costa (CPAC).
     Na Etapa I da rede Passitec desenvolveu-se metodologia para a germinação de P. setacea, P. tenuifila, P. nitida e P. cincinata. Apesar de o projeto ter obtido boas taxas de germinação de P. tenuifila, viabilizando a produção comercial de muda, faz-se necessário desenvolver um método que seja mais prático para o viveirista. Por outro lado, existe grande carência de metodologias para germinação e produção de mudas de qualidade de outras espécies de passifloras. Portanto, a atividade tem por objetivo avaliar a eficácia de indutores vegetativos e de extratos de fruto fermentado na indução de germinação espécies de passifloráceas.

2. Avaliação da produção de mudas de maracujá silvestre em sistemas de base ecológica. Rita de Cássia Alves – CNPAT.
     Essa atividade será desenvolvida com o intuito de avaliar a produção de mudas de maracujá silvestre em sistemas de produção de base ecológica, tentando determinar uma composição e volume adequado de substrato. O experimento será realizado na Embrapa Agroindustria Tropical, no Campo Experimental do Vale do Curu, Paraipaba,CE. Serão utilizadas sementes de três espécies de maracujá silvestre (P. tenuifila, P. setacea e P. alata) fornecidas por parceiros do projeto.

3. Efeitos de diferentes proporções de biotita xista no substrato sobre o desenvolvimento inicial de P. setacea – Eder Martins.
     Testes iniciais realizados na Etapa I da rede Passitec indicaram o potencial de substratos de pó de rocha para produção de mudas de P. setacea, que em primeira análise melhoraria a disponibilidade de nutrientes e viabilizaria favoreceria o vingamento minimizando ou evitando a morte precoce observada por vários autores e colaboradores do projeto. Estes resultados serão validados na Etapa II.
4.    Adição de diferentes pós de rochas e de calcário ao substrato e seus efeitos sobre a germinação e crescimento inicial de Passifloras nativas – Eder Martins – CPAC
A atividade prevê avaliar os efeitos de diferentes pós de rochas e da associação com calcário na germinação e desenvolvimento inicial de Passifloras nativas.

5. Composição de substratos e frequência de fertilização para a produção de mudas de maracujás silvestres – Ana Maria Costa – CPAC.
     Na etapa I da Passitec verificou-se baixo vigor e ocorrência de sintomas deficiências nutricionais das mudas, durante seu ciclo na Etapa de viveiro. A aplicação de fertilizantes em cobertura em testes preliminares trouxe efeitos positivos para o restabelecimento do crescimento mais vigoroso das plântulas. A partir destas observações serão testados diferentes composições de substratos em associação com práticas de manejo de fertilização em cobertura na Etapa de viveiro.

6. Eficiência agronômica de fontes alternativas de nutrientes para fertilização no cultivo de maracujá silvestre – Ana Maria Costa – CPAC.
     Para a produção de maracujás em sistemas orgânicos é necessário buscar fontes de nutrientes cujo uso seja permitido dentro das exigências do sistema e que possuam eficiência agronômica similar a obtida com fontes convencionais. O potássio é nutriente mais exigido pelos maracujás em geral, sendo muito importante para alcance de produtividades elevadas e para qualidade de fruto, em especial brix, coloração e aroma. A atividade tem a finalidade de avaliar a eficiência agronômica das fontes biotita xisto e folhelho, previamente caracterizadas quanto aos teores deste nutriente, e estas serão comparadas às fontes tradicionalmente utilizadas no suprimento de potássio (KCl e K2SO4).

7. Avaliação de formulações de composto orgânico (Bocashi) na adubação e nutrição de Passiflora setacea – Ana Maria Costa – CPAC.
     Formulações de composto orgânico tipo Bocashi previamente testadas em caráter exploratório na Etapa I apresentaram potencial para suprir as necessidades nutricionais ao longo do ciclo de produção de P. setacea. A atividade prevê validar a informação por meio da condução de ensaios onde serão testadas três formulações de Bocashi, com a finalidade de susbtituir total ou parcialmente as adubações fosfatadas de plantio, e as nitrogenadas e potássicas em cobertura.

8. Avaliação de níveis de adubação orgânica na produtividade de P. tenuifila e estabelecimento de P. setacea – Rita de Cássia Alves – CNPAT.
     O conjunto das experiências na produção das espécies P. tenuifila, P. setacea e P. alata realizadas em diferentes regiões do país na Etapa I da Passitec resultou em recomendação de cultivo diferenciado para os diferentes materiais genéticos com maior ou menor produtividade nas diferentes unidades de observação. Contudo, somente a P. tenuifila conseguiu concluir sua Etapa reprodutiva de maneira satisfatória na UO de Fortaleza, enquanto que não se obteve o estabelecimento da cultura de P. setacea (sem causa determinada) e o forte ataque de fusariose no início da produção de frutos de P. alata inviabilizou o cultivo. Em virtude das peculiaridades do solo (salinos) e clima da região, faz-se necessário, além dos ajustes recomendados pelas demais UOs, um refinamento no manejo do cultivo. A atividade avaliará tratamentos que promovam menor insolação no pé da planta e de matéria orgânica no solo onde também serão monitoradas as condições nutricionais das plantas. O experimento será realizado na Embrapa Agroindustria Tropical, no Campo Experimental do Vale do Curu, Paraipaba, CE.

9. Diferentes sistemas de espaldeiramento na produtividade de P. tenuifila conduzidas em Unidades de Observação – Ana Costa – CPAC.
     Na etapa I do projeto observou-se que as espécies de Passiflora requerem manejo diferenciado para o sucesso reprodutivo. Também foi observado comportamento diverso da espécie frente às mudanças de locais de produção. A atividade tem por finalidade avaliar diferentes conduções de P. tenuifila (com 4, 6 e malha de arame) em termos de ganho de produtividade nas diferentes regiões do país.

10. Produtividade de P. setacea ajustadas para manejo em latada e espaldeiramento nas Unidades de Observação – Ana Maria Costa – CPAC.
     Estudos iniciais de condução de P. setacea em latada e em espaldeira realizados no CPAC mostraram variações de produtividade que necessitam ser validadas em sistemas comparativos conduzidos em paralelo nas Unidades de Observação. A atividade tem por finalidade avaliar a conduções de P. setacea em espaldeira 2 fios e latada com vistas ao ganho de produtividade.

11. Avaliação de diferentes sistemas de condução P. alata nas Unidades de Observação – Ana Maria Costa – CPAC.
     As experiências com P. alata indicou que a espécie requer cuidados diferenciados das demais culturas de Passiflora de região para região, principalmente em relação à condução e ao manejo de água com o propósito de minimizar problemas fitossanitários e produtividade. Assim, serão avaliados dois tipos de conduções de P. alata (espaldeira 2 fios e latada) e ajuste de regas na produtividade e incidência de pragas e doenças de acordo com a região de plantio.

12. Épocas de plantio para Passifloras silvestres nas diferentes regiões do país. Responsável: Ana Maria Costa – CPAC.
     A atividade realizará a avaliação de três épocas de plantio no desenvolvimento inicial de Passifloras silvestres com a finalidade de gerar informações técnicas orientadoras que permita maior sucesso do cultivo.

13. Identificação e monitoramento da broca-das-hastes-do-maracujá em Passiflora tenuifila killip. – Charles Martins Oliveira – CPAC.
     A P. tenuifila, ao contrário das demais espécies estudadas no projeto apresentou maior susceptibilidade a broca-da-haste. Dependendo do estágio de desenvolvimento da cultura, a infestação pode comprometer significativamente a produtividade. A ação tem por finalidade monitorar e avaliar o ataque da broca-das-hastes em P. tenuifila, com vistas a recomendar estratégias de manejo da praga. 

14. Manejo de fusariose a campo em P. alata utilizando Trichoderma sp. – Ângelo Aparecido Sussel – CPAC.
     Na etapa I da Passitec, verificaram-se diferenças nos níveis de suceptibilidade à fusariose das variedades não lançadas de P. alata Mel do Cerrado e Doce Mel do programa de melhoramento genético da Embrapa. Com a finalidade de gerar recomendação técnica de manejo para minimizar a mortalidade de plantas pela doença, far-se-á a avaliação da eficácia da aplicação do fungo Trichoderma sp no cultivo dessas variedades.

15. Manejo de fusariose a campo em P. setacea utilizando Trichoderma sp. – Alexei Dianese – CPAC.
     Varias publicações citam as variedades de P. setacea como tolerantes à fusariose. Entretanto inexistem publicações técnico-científicas demonstrando os níveis desta tolerância. Além do mais, existem indicativos que a morte precoce de mudas no viveiro poderia estar também associada a presença desta categoria de fitopatógenos no solo. Com a finalidade de gerar publicação científica que comprove a tolerância do P. setacea ao fungo e ao mesmo tempo melhorar o vingamento de mudas no campo, far-se-á a avaliação da eficácia de do fungo Trichoderma sp como agente de controle biológico.

16. Capacitação de agente para a transferência de tecnologia. – José Maria Camargos – CPAC.
     A atividade tem por finalidade capacitar agente de transferência de tecnologia, técnicos e pesquisadores por meio do acompanhamento das ações de pesquisas executadas na presente proposta e em outros projetos de pesquisa realizados por instituições colombianas ligadas ao CEPASS.  Ao final do projeto espera-se consolidar juntamente com o líder do PA e equipe uma cartilha com linguagem apropriada ao público alvo, com orientações para produção de mudas e cultivo de maracujás nativos. E na área de ciência e tecnologia o treinamento de equipes de pesquisadores e ou estudantes em técnicas analíticas conduzidas pelo PA4.

Conograma do Plano de Ação:
1. Avaliação de indutores vegetativos na germinação de passifloras silvestres – Ana Maria Costa (CPAC).
2. Avaliação da produção de mudas de maracujá silvestre em sistemas de base ecológica. Rita de Cássia Alves – CNPAT.
3. Efeitos de diferentes proporções de biotita xista no substrato sobre o desenvolvimento inicial de P. setacea – Eder Martins.
4. Adição de diferentes pós de rochas e de calcário ao substrato e seus efeitos sobre a germinação e crescimento inicial de Passifloras nativas – Eder Martins – CPAC.
5. Composição de substratos e frequência de fertilização para a produção de mudas de maracujás silvestres – Ana Maria Costa – CPAC.
6. Eficiência agronômica de fontes alternativas de nutrientes para fertilização no cultivo de maracujá silvestre – Ana Maria Costa – CPAC.
7. Avaliação de formulações de composto orgânico (Bocashi) na adubação e nutrição de Passiflora setacea – Ana Maria Costa – CPAC.
8. Avaliação de níveis de adubação orgânica na produtividade de P. tenuifila e estabelecimento de P. setacea – Rita de Cássia Alves – CNPAT.
9. Diferentes sistemas de espaldeiramento na produtividade de P. tenuifila conduzidas em Unidades de Observação – Ana Costa – CPAC.
10. Produtividade de P. setacea ajustadas para manejo em latada e espaldeiramento nas Unidades de Observação – Ana Costa – CPAC.
11. Avaliação de diferentes sistemas de condução P. alata nas Unidades de Observação – Ana Maria Costa – CPAC.
12. Épocas de plantio para Passifloras silvestres nas diferentes regiões do país. Responsável: Ana Maria Costa – CPAC.
13. Identificação e monitoramento da broca-das-hastes-do-maracujá em Passiflora tenuifila killip. – Charles Martins Oliveira – CPAC.
14. Manejo de fusariose a campo em P. alata utilizando Trichoderma sp. – Ângelo Aparecido Sussel – CPAC
15. Manejo de fusariose a campo em P. setacea utilizando Trichoderma sp. – Alexei Dianese – CPAC.
16. Capacitação de agente para a transferência de tecnologia. – José Maria Camargos – CPAC.
 

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