PORQUE ESTUDAR PASSIFLORAS?

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       Para que o potencial de uso da biodiversidade brasileira se transforme em alimentos e produtos disponíveis para a população urbana, faz-se necessário a geração simultânea de tecnologias e informações em várias áreas do conhecimento para subsidiar todos os elos da cadeia produtiva. Trata-se de um grande desafio, pois, para a maioria das espécies silvestres, inexistem informações suficientes que permitam a sua produção e aproveitamento, atendendo aos conceitos de sustentabilidade ambiental, social e econômica. Portanto, a integração de esforços de pesquisadores, técnicos, produtores rurais, e empresas do seguimento agroindustrial é fundamental para a geração rápida e coordenada de conhecimentos que permitam a estruturação produtiva.

     Dentre as espécies silvestres que tem uso popular associado a benefícios à saúde se destacam as pertencentes ao gênero Passiflora. Somente no Brasil são mais de 150 espécies, sendo que metade apresenta frutos comestíveis. Nas regiões interioranas é comum o consumo doméstico de frutos, cascas, chás e polpa para controlar a ansiedade, evitar a insônia, tremores, diabetes e obesidade entre outras indicações. Apesar de tanta riqueza de diversidade e benefícios, somente a espécie Passiflora edulis é produzida em escala comercial e alcança os grandes centros urbanos para consumo alimentar, principalmente na forma de suco. Para fins cosméticos e medicinais, além da P. edulis, também são utilizadas folhas de P. alata e P. incarnata.

     A Embrapa Cerrados é detentora de uma das maiores coleções de germoplasma de Passifloras do mundo, com mais de 200 acessos entre espécies e variedades, que vem sendo usada como fonte de genes para o melhoramento genético da espécie comercial. Atualmente, a coleção vem sendo utilizada também para gerar variedades para uso diversificado, com a finalidade de valorar a biodiversidade e oferecer alternativas de renda ao produtor rural com foco nos alimentos funcionais e no mercado de ornamentais.

     Da coleção foram selecionadas cinco espécies com maior potencial de mercado pelas propriedades benéficas dos frutos à saúde.  Estas espécies, depois de realizado o melhoramento genético inicial, foram trabalhadas pela rede Passitec, na Etapa I, com a finalidade de viabilizar o uso comercial de maracujás silvestres. A rede Passitec conta com o apoio de mais de 27 instituições, incluindo duas parcerias internacionais. Atualmente compõe a rede: INRA-França (na área de biodisponibilidade e validação de efeito biológico) e CEPASS-Colômbia (na área de fitotecnia e ciência e tecnologia de alimentos), as unidades da Embrapa (Sede, Cerrados, Agriobiologia, Agroindústria Tropical, Agroindústria de Alimentos, Mandioca e Fruticultura, Suino e Aves, Produtos e Mercado), universidades, órgãos de extensão rural e empresas, agregando mais de cem colaboradores entre técnicos, produtores rurais, estudantes e pesquisadores.

     Na segunda etapa, o projeto foca na viabilização econômica para a produção de mudas, o aumento da produtividade das culturas, a longevidade e segurança dos produtos in natura e processados, melhoria de ingredientes para permitir seu armazenamento em volumes menores e sem necessidade de rede fria, estudos de validação de efeito biológico e prospecção de bioativos benéficos ao sistema nervoso que evitem processos degenerativos em continuidade às avaliações iniciadas na Etapa I.  Pretende-se também atender as demandas surgidas ao longo da Etapa I para desenvolvimento de alimentos funcionais na linha “zero”.

     O conjunto das informações contribuirá para que novas espécies da biodiversidade adentrem o mercado, ampliando a base alimentar da população brasileira. Permitirá opções de renda ao pequeno agricultor e que a sociedade usufrua de alimentos promotores de saúde, obtidos de forma socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.

RESULTADO DA PESQUISA

ARRANJO (Em elaboração)